Olá pessoal, tudo bem?
Novamente com grande satisfação trazemos mais um convidado para o nosso blog, nosso amigo e professor Jefferson Negri (Advogado, Professor Universitário e Coordenador do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo), o qual gentilmente nos cedeu artigo com interessantíssimo tema sobre a família atual e sua modificação em comparação à clássica relação familiar a qual estamos acostumados.
Confiram o texto do professor:
"FAMÍLIA EM METAMORFOSE
Como concluí quando da apresentação do estudo A Nova Concepção de Família, desde os primórdios a família acusa a interferência de elementos exógenos, atuantes no constante processo mutacional em que está imersa. Experimenta influxos econômicos, sociais, políticos, religiosos, éticos e morais, representando o instituto mais humano que compõe a sociedade. Recentemente o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em parceria com o Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), publicou a 2ª edição do estudo Retrato das Desigualdades, atualizando as informações prestadas no ano de 2005, época da publicação do primeiro retrato. A pesquisa reforça a ideia de mutação da estrutura familiar brasileira. Segundo ela é significativo na última década o crescimento das chamadas famílias unipessoais, ou seja, àquelas constituídas por homens ou mulheres que vivem sozinhos (singles), principalmente entre os 10% mais ricos da população. Interessante observar ainda que 22,6% dos 10% mais ricos optam por constituir famílias sem filhos. Por outro lado, vivenciamos um aumento de 36% na proporção de domicílios que apresentam uma mulher como referência. Atualmente cerca de 27% dos domicílios brasileiros são chefiados por mulheres. Este fenômeno se deve ao crescimento do número de divórcios e separações, ao aumento substancial do número de mães solteiras e, sobretudo, à sedimentação da mulher no mercado de trabalho. O estudo é importante para a adoção de políticas públicas direcionadas às estruturas familiares existentes. Quer concordemos ou não com as opções pessoais de cada um, o essencial é o respeito ao modelo atual de família, que deve contemplar estrutura plural, aberta, maleável, democrática e inclusiva, dissociado de preconceitos e fórmulas pré-definidas. O livre direito de constituir família é prerrogativa fundamental e deve ser respeitado, estimulado e tutelado pelo Estado e sociedade. Só assim construiremos uma sociedade livre, justa e solidária, onde o bem estar das pessoas seja o combustível principal para a busca de um ambiente fraterno e de respeito às diferenças.".
Um grande abraço a todos!
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Um comentário:
comentando em solidariedade ao professor
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