Olá pessoal, tudo bem?
Seguindo firme em um dos propósitos do nosso blog, de torná-lo, também, um ponto de encontro e de reunião de conteúdo de todos que apreciam o Direito, temos o prazer de trazer mais uma participação de um aluno, destinatário principal do nosso blog.
Trata de artigo com o tema "Eis que surge a interpretação eclética da sociedade", de autoria de Bruno da Silva Poli, do 1º ano da Faculdade de Direito Anhanguera, indicado novamente por nossa querida amiga prof. Taís Nader Marta, texto o qual foi elaborado por ocasião de aula disciplinada em Teoria Geral do Estado.
Notem a interessante - e até mesmo (por que não?) lírica - metáfora criada pelo colega, identificando em uma colméia o surgimento de um novo sistema social. Parabéns pela criatividade!
Segue o texto do colega:
"Eis Que Surge a Interpretação Eclética da Sociedade
Era primavera, o sol nascia embriagando a floresta de alegria, os pássaros gorjeavam exuberantes, os animais saíam de suas tocas e iam ao encontro de um riacho de águas serenas e, ali, faziam folia ante os primeiros raios do sol. Iniciava-se mais um belo dia para os habitantes daquele sereno lugar.
Porém, bem ali, adjacente ao riacho, existia uma bela arvore de raízes fortes, tronco robusto e copa vistosa que, por sua vez, resguardava sobre si, uma vigorosa e aprazível colméia que, naquele mesmo momento, iniciar-se ia, mais um dia de trabalho em prol de todos os residentes da colméia.
E assim o faziam, as operárias saíam em grupos pela floresta colhendo o néctar de todas as flores que encontravam em seu caminho e, quando já estavam abastadas de néctar, retornavam a colméia e lá, depositavam todo o nectário coletado enquanto outras abelhas operarias executavam serviços internos na colméia.
Enquanto isso, vossa majestade, a abelha rainha, encontrava-se em pleno vôo nupcial, onde voava a altura mais elevada que seu corpo a permitia e, perseguindo seu rastro, estavam os bravos e notórios zangões que, disputavam o afeto de vossa majestade.
O dia ia mantendo a sua trajetória e nossas amigas abelhas davam continuidade a seus percursos diários, as operárias colhiam néctar e mantiam a colméia funcionando, a rainha fazia seus vôos núpcias e dava origem a novas abelhinhas e os zangões por sua vez, disputavam vossa majestade incessantemente.
Todavia, avizinhava-se a nossas amigas abelhinhas, uma sábia e respeitada coruja, conhecida por sua inteligência e por seus pensamentos construtivos que engrandeciam a vida de todos na floresta, seu nome era Corujão Platão.
Corujão Platão, em suas horas de ócio, observava a vida e a rotina de nossas amigas abelhinhas e, cativou-se por aquela rotina diária, aquela maneira de vida de nossas abelhinhas, pois, ele observava a árdua rotina de nossas amigas operárias e apesar delas saberem que iriam fazer aquela rotina diária por todas suas vidas sem nunca chegarem ao cargo de rainha, a faziam com tamanho afinco e determinação, vizando apenas o bem estar da colméia num todo.
Corujão Platão também examinava a vida de vossa majestade e, a admirava pelo tamanho respeito e valor que ela dava em todas as operarias da colméia, não fazia distinção de nenhum habitante da colméia, pois, sabia que todos tinham seu valor e todos trabalhavam cada qual em seu posto para manter a colméia ativa.
Certo dia, Corujão Platão, com toda sua sabedoria, classificou este modelo vitalício, como Teoria Organicista, onde todos têm seu papel definido, não havendo individualidade ou ambição entre as partes, todos deixavam de lado seus ideais e vivam em prol de um bem comum.
Certo dia, porém, vossa majestade, a rainha, em mais um de seus vôos núpcias, acabou sofrendo um terrível acidente. Ela voava tranquilamente, seguindo a brisa da tarde, quando de repente, chocou-se com o senhor pássaro Tico-Tico e, no mesmo instante, perdeu a consciência e caiu desfalecida no chão.
Foi uma tragédia, senhor Tico-Tico tentou socorrê-la, mas infelizmente, não havia nada a ser feito, o acidente foi fatal, isso mesmo, vossa majestade, a abelha rainha encontrava-se morta.
Passaram-se vários dias e todos da colméia ainda estavam em luto pela rainha, mas, alguma coisa haveria de ser feito, senão, a colméia entraria em decadência, ameaçando assim, a sobrevivência de todos. Mas havia um agravante a ser superado, como eles iriam dar continuidade aquele antigo sistema organicista sem a presença de uma rainha? Muitos saíram a procura de uma nova rainha, mas retornavam sem sucesso. E, enquanto isso, o tempo ia passando e a situação ficava mais crítica.
Devido então a situação que se sucedia, nossas amigas abelhinhas começaram a organizar-se, zangões começaram a fazer serviços de operárias, operárias mais fortes coletavam mais néctar e negociava-os com zangões inexperientes em coleta, talentos ate então atrofiados, começaram a vir à tona, revolucionando assim, a maneira de vida da colméia.
O tempo tomava seu rumo, muitas coisas iam acontecendo e, quando os habitantes da colméia deram por si, já haviam deixado aquele antigo sistema organicista de vida para trás e já viviam em um novo conceito sociogênico.
Viviam sim em harmonia, mas cada qual expressavam suas idéias, surgia talentos individuais, grupos com mesmo ideais eram formados.
Ponderamos então, que um novo conceito de vida surgiu para nossas amigas abelhinhas, podemos afirmar que o conceito de Corujão Platão sobre Sociedade organicista ficou para trás e a Interpretação Eclética da Sociedade firmava suas raízes."
Então, gostaram do artigo do colega?
Quem quiser pode enviar o seu que, após análise, publicamos também; é só enviar!
** para quem quiser comentar, clique no link abaixo "comentários" **
** assinale também as estrelas abaixo conforme sua avaliação do texto **
Nenhum comentário:
Postar um comentário